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terça-feira, 2 de julho de 2013

Diretor de Inteligência dos EUA se desculpa por negar espionagem da NSA

Diretor de Inteligência dos EUA se desculpa por negar espionagem da NSA



O diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, se desculpou nesta terça-feira por sua "claramente errônea" resposta, dada em uma audiência no congresso em março, na qual negou que a Agência de Segurança Nacional (NSA) colhesse dados sobre ligações telefônicas de milhões de cidadãos.
"Minha resposta foi claramente errônea, pela qual peço desculpas", afirmou Clapper em carta dirigida à senadora Diane Feinstein, presidente da Comissão de Inteligência do Senado, no dia 21 de junho e divulgada hoje.
Em março, o diretor nacional de inteligência havia afirmado durante um pronunciamento perante os legisladores que não existiam programas de espionagem de comunicação dos americanos.
Em sua carta a Feinstein, o diretor se desculpou dizendo que "simplesmente não tinha pensado" em uma das disposições da Lei Patriota, sob a qual se enquadram os programas de espionagem de comunicações telefônicas.
Além disso, afirmou: "embora minha equipe tenha reconhecido rapidamente o erro ao escritório do senador Ron Wyden após a audiência, posso agora corrigir a informação porque a existência do programa de coleta de metadatos foi desclassificado".
Um porta-voz de Wyden, Tom Caiazza, confirmou estes contatos entre ambas equipes de trabalho em março, mas indicou que "o escritório de Clapper se negou a corrigir o registro público de seu pronunciamento quando teve a chance".
Posteriormente, o diretor de inteligência dos EUA indicou que sua resposta perante o comitê foi a "menos falsa" que poderia dar de maneira pública.
Clapper, cujo escritório coordena mais de 15 agências federais de inteligência, está no olho do furacão desde que o ex-técnico da CIA Edward Snowden declarou a dois jornais a existência de programas de espionagem em massa de milhões de americanos, realizados pela NSA.
Embora tenha ressaltado a importância de que os cidadãos estejam informados, Clapper acrescentou que "uma audiência pública sobre questões de inteligência é uma contradição em seus termos".

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